sábado, 2 de julho de 2011

Súbita

A fuga doce.
O caminho amargo.
O Tempo esgotado.
Trago tudo em um só gole.
Trago em um só passo.

Passo por tudo
Nem noto nas notas,
Que tocam baixinho
Em uma porta de bar.

Ignorei todas as portas
Não era lá a saída.
Olhei todos os reparos
Reparei todo estrago.

Deixei de lado
Esqueci até do espaço.
Não contei os passos
Perdi-me em um vão.
Retinas

Olhos pesados
Do azul aparente
Trazem cansados
Beijos ausentes
Choram calados
E ninguém sente
No passado ou
No presente.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Luzir


O dia calmo acorda e com ele;

Todos os sentidos

Todos os amores

Variadas cores


O sol esquenta toda a carne

Esquenta olhos incrédulos

Imersos em uma fria canção

O dia calmo corre!


As pessoas passam

Desprezando o sol que brilha

Escondendo-se no pudor


A poesia se perde

Entre passos e carros

O dia calmo morre!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Nostalgia de um amor

Lembrei-me de repente
Quase exatamente
Na mesma lua

A rua não importa mais
A distância nos matou
E a dor se tornou cor
De saudade e nostalgia

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

lucidez

em um absorto
um aborto
uma viva idéia

terça-feira, 20 de julho de 2010

Concreto


Não tenho talento

Para escrever prosa

Nem versos

Em momentos trôpegos

Me disperso

E borro o papel

Com palavras

Em um total absorto

quinta-feira, 4 de março de 2010

Vento

Veio sem dizer a direção
Trazendo a canção
Que esqueci no ar

Foi sem deixar solidão
Deixou-me o seu luar