sábado, 2 de julho de 2011

Súbita

A fuga doce.
O caminho amargo.
O Tempo esgotado.
Trago tudo em um só gole.
Trago em um só passo.

Passo por tudo
Nem noto nas notas,
Que tocam baixinho
Em uma porta de bar.

Ignorei todas as portas
Não era lá a saída.
Olhei todos os reparos
Reparei todo estrago.

Deixei de lado
Esqueci até do espaço.
Não contei os passos
Perdi-me em um vão.
Retinas

Olhos pesados
Do azul aparente
Trazem cansados
Beijos ausentes
Choram calados
E ninguém sente
No passado ou
No presente.